sábado, 5 de junho de 2010

PASSARINHO VERDE

Vi sim o passarinho verde,
Ele passou por mim cantando
Não, não era um sanhaço
Bicando frutas do pomar.
O passarinho verde
Parecia cantar só pra mim
Cantando tudo que eu queria ouvir.
Depois fui dormir... Sonhei!
Ah! Quanto tempo eu não sonhava!
Sonhei! acordei!
Foram tantas vezes...
Foram tantos sonhos...
Acordei surpresa por tanto sonhar.
Estava a gostar de voltar a sonhar,
Voltei de novo a dormir e sonhei,
Um sonho que me fez gargalhar.
Quando despertei, ainda sorrindo
Vi, o pássaro verde vinha vindo,
Nisto eu o percebi direito,
Não era pássaro quem cantava,
Era a esperança disfarçada
Dando-me mostras que voltava.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

NAS ASAS DO PENSAMENTO

Murmúrios me irritam
E me roubam o silêncio
Que meus devaneios
Tanto necessitam.
Ando intolerante,
Estou emburrecendo,
Idéias não concateno
E não suporto falatório.
Quero é poder ouvir o som
Dos meus pensamentos
Voando sobre minha cabeça.
Eles passam rapidamente
Não consigo guardá-los,
Nem mesmo pegá-los...
Um veio e já se foi,
Não deixou nem rastro,
Também não podia,
Não andava... voava!
E se rápido chegava
Mais rápido fugia...
Se não pensasse tanto
Nem perceberia tudo
Que me rodeia e aprisiona.
Meu mal é pensar demais,
Sobre minha cabeça
Os pensamentos voam,
Parecem pássaros malvados
Que chegam e logo se vão
E eu, presa a eles, divagando.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

TAL QUAL UM FILME

Lendo e relendo
Tenho vivido.
Hora chorando,
Hora sorrindo,
Neste tormento
Vou vivendo.
O tempo passa,
Eu passo o tempo,
Repasso a vida
E, passo a passo,
A vida me passa
Feito película,
De filme, envelhecida.
Nisso vejo e revejo
Muitos momentos,
Momentos felizes,
Tristes momentos...
Assim vivemos!
Os tristes, longos,
Sangram na memória.
Os felizes, eternos,
Ventilam o cérebro,
O coração dispara
De saudades
E de alegria
Por ter sido feliz.
Felicidade vivida
Em algum momento
E que deu à vida
Certo encantamento.
Tal qual um filme:
The End... Fim!