quarta-feira, 28 de abril de 2010

ENCANTADORA

Mulher tao pequena,
Esqueceu de crescer,
Continua menina.
Menina que nao canta
Mas, encantadora,
Traz no riso o feitiço
E no siso o encanto.
Nao faz mistério,
Desvenda seu coração
E também toda emoção.
Transborda de amor
E mais ainda de paixão.
Menina e mulher,
Mulher ou menina,
Se pudesse, Boto que sou,
A tornava cabocla minha,
Levava voce comigo
Para meu reino encantado,
Onde nele continuo menino.

DROGA DE VÍCIO

Vicio por mim
Você disse-me ter,
Isto me cheira mal,
Vício é coisa ruim,
Dele deve tratar
Como se trata
Vicio do álcool,
Vício do cigarro,
Ou vício qualquer.
Abstinência total,
Um dia após o outro,
Mais um dia somente,
Depois outro dia.
Enfim a cura,
Não sente mais falta.
Vai ver então a droga,
A droga que eu era
E que mal lhe fazia.

ASSIM, ASSIM

Deitada, estou morgando,
As horas vendo passar
Espero raios do sol entrarem
Pela janela de meu quarto.
Este sol que teima em não vir,
Ontem estava tão forte
Hoje longe está de mim.
Ontem o tive, não valorizei,
Hoje dele sinto muito a falta.
Assim acontece com você
Se vem reclamo de tudo
Quando não vem fico assim,
Sem brilho dentro de mim.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

BASE DA TAL FELICIDADE

Há coisas inerentes à felicidade:
Saúde (sem ela não se pode amar,
Trabalhar e plenamente viver.
Dela sempre devemos tratar);
Amor (é preciso que amemos
E, amados, felizes nos descobrimos.
Vida sem amor fica sem graça, vazia);
Trabalho (através dele nos realizamos
Como profissionais e como gente.
Nos dá meios de suprirmos necessidades);
Perseverança (é a busca incessante
Para se atingir objetivos traçados.
Transforma nossos sonhos em realidade);
Amigos leais (servem prá compartilhar
Momentos de alegria e de tristeza.
Sabem quando, conosco, rir e chorar);
Família (o núcleo por nós criado
Que deve ser a razão de se comemorar
O estar na vida sem ter que dissimular).
Podemos, mesmo não tendo nada disso,
Ainda assim encontrarmos nosso caminho
E nele gozarmos momentos festivos,
Mas é árduo, é amargo, é espinhoso,
Principalmente se estivermos sozinhos.

JUÍZO SEM FUTURO

Dificuldades superei,
A velhice aceitei,
Amizades novas encontrei,
Momentos alegres inventei,
Sonhos metas eu sonhei,
Fantasias eu criei,
A solidão enfrentei,
Palavras poéticas rimei,
Novos espaços desbravei,
Na estrada da vida caminhei,
Meu amor eu conquistei,
Dele faço o meu presente,
E, por ele, o juízo perderei.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

XÔ SOLIDÃO!

Chega de solidão!
Quero falar de paixão,
Paixão que move a mim,
Paixão que me traz vida,
Paixão que me dá paz.
Chega de solidão!
Quero falar de amor,
De amor que me anima,
De amor que me ensina,
De amor que me dá vida.
Chega de solidão!
Quero falar de você,
Quero falar de mim,
Quero falar de paixão,
Quero falar de amor,
Enfim, quero falar de nós...
Não sei!

A SOLIDÃO CANINA

Não me deixe muito quieta,
Sou ansiosa, sofro com espera,
Logo posso não mais aqui estar.
Não, não estou fazendo pressão,
Sendo sozinha pego o avião
E vou parar em algum lugar,
Levar minha solidão a passear.
Tem sido assim ultimamente,
Tento tentado no ar, por terra
E, até em navio, por mar,
Dela livrar-me inutilmente,
Não consigo tirá-la da coleira.
A solidão, de fidelidade canina,
De fato é leal companheira,
E por mais que não a queira,
Está incrustada em mim,
Tornou-se meu falso brilhante.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

TRISTEZA, CHORO DA SOLIDÃO

Será só solidão?
Penso que não.
Não é depressão,
Disto tenho certeza.
Deve ser tristeza,
Tristeza profunda
Que atormenta a alma,
Alma que sofre
As dores da solidão.
Tristeza tão grande
Por tudo que vejo,
No mar de lama
Neste Rio de Janeiro.
Pessoas morrendo,
Outras tudo perdendo,
Por conta da água
Da chuva que cai
Sem dó nem piedade
Sobre a linda cidade.
Inundada, devastada,
Assim também me sinto,
E, triste, deixo cair
Lágrimas por mim,
Por não saber viver
Sozinha assim.
Sol, espero teus raios
A brilhar sobre a cidade
Espantando a tragédia
Que paira sobre nós.
Vem, ilumina a minh'alma
Que, novamente encantada,
Expulsará toda tristeza
De dentro de mim.

SOLITÁRIA SOLIDÃO

Na minha solidão
Colho minhas rosas
E tiro meus espinhos.
Na rua e em festas
Não mais me encontro,
Delas perdi o encanto.
Mesmo com tristeza,
Sem muita euforia,
Busco uma alegria
Na solitária solidão,
Minha companhia.
Com as lamúrias,
E muita lamentação,
Construo meu mundo,
Mundo que é só meu
E dele até abro mão.

sábado, 3 de abril de 2010

SOLITÁRIA

Errática, errante
Não sei como ando,
Não quero ir longe,
Não quero ir perto,
Nem sei se quero ir.
Estou a esmo
Mesmo parada.
Se estou em multidão
Com ninguém eu estou.
Se estou com amigos
Nem sei se esta eu sou.
Depois percebo,
Não, com eles não estive.
Onde, naquele momento,
Eu mesma estaria?
Nem eu sei onde estava,
Estava a vagar.
Sei onde quero ir,
Mas não quero ir só.
Quero ir com alguém,
Alguém muito especial,
Que comigo queira estar,
Alguém que me pegue,
Dando-me a sua mão
E, com ele a caminhar,
Mostre-me o caminho,
Onde vamos estar.