domingo, 27 de novembro de 2011

LAGO NEGRO

No espelho da água negra
o reflexo do brilho do sol
me faz lembrar
que já me vi refletida
no negro do seu olhar.
Lago Negro
em dois momentos:
um de atordoamento,
eu lá e você a me procurar,
para falar de nosso amor;
outro só desapontamento,
onde o silêncio me diz
que tudo é passado.
Lago Negro, alheia,
contemplo sua beleza
e penso no que tive:
ontem, tudo!
Exultante alegria;
hoje, nada!
Esperança finda.
Lago Negro...
Letargia!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

ACABOU!!!

E acabou assim...
nada mais a dizer,
a sentir, a sofrer.
Acabou...
como se nada tivesse acontecido,
como se não houvesse mexido, remexido,
como se nem tivéssemos nos conhecido.
Acabou assim...
com desconfiança,
com suspeição,
com acusação.
Acabou do jeito que tinha que acabar,
morrendo de inanição,
por nao ter sido alimentado,
por termos amado demais
sem sabermos o que é o amor.
Acabou!!!

ECLIPSE

Como num eclipse voce vem
cola em mim, me cobre, encobre
causando-me tempestades nas entranhas.
Poucas palavras sao ditas... marotos,
sem timidez, somos loucos em devaneios.
O dia se faz noite, a noite se faz dia,
sem nenhuma confusão de sentimentos,
com os corpos nus em total completude.
Assim são nossos cúmplices encontros.
Como num eclipse, nos afastamos...
lentamente o dia volta a ser dia
e a noite se entrega aos ciclos da lua,
ate que nossos corpos se procurem de novo
cheios de vontade e da mais pura energia.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

CORAÇÃO ESCRAVO

Alforriada
de mim,
do ter,
do tempo,
das culpas,
das buscas...
ironicamente me vejo
escrava da dor da solidão.
Liberdade exige coração livre.
Não posso fazer escambo
com meu coração,
ele precisa de alforria
para eu poder ser só
e sem dor
só ser

EM FUGA

Vagando a esmo
num vago mundo,
sentindo um oco
dentro do peito,
oprimido pelo eco
de um grito mudo,
sufocada por lagrimas,
que não mais tenho
(secaram)...
encontro uma saída,
a dos covardes,
e fujo!
De quê? De quem?
De nada! Nao sei!
Só sei que fujo
num mundo vago.