domingo, 30 de maio de 2010

CRIANÇA TEMPERAMENTAL

A minha criança é saltitante,
Alegre e também irritante,
Quer tudo de bom da vida,
Tudo que a vida pode lhe dar.
Bate o pé, chora e xinga
Quando não é logo atendida
E, como fera ensandecida,
Sai vida afora a apanhar.
Briga por tudo que tem
E por muito do que ela vê,
Pois sabe que o que tem
Outros também deveriam ter
Mas teimam em não querer.
Doce, gosta muito de doce,
Mas não de algodão doce;
De mel só quando se lambuza,
Pois gosta de sentir o grude
Que não seja o do chiclete.
Só se viu de novo criança
Já depois que as suas
Haviam deixado de ser...
Esta é a criança temperamental
Que ainda mora dentro de mim
E, danada, às vezes me faz mal
Mas sabe o que é bom pra mim.

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