quinta-feira, 13 de maio de 2010

UM VÔO, UMA SAUDADE

O avião taxia,
Vejo a lua nova,
Num pequeno espaço
Do céu enevoado,
Deste início de março.
Na lua um quê de tristeza,
Deve ser por estar só,
Na imensidão do céu,
Sentindo o travo da solidão.
Não se vê uma estrela
A ela fazendo companhia,
A louvar-lhe a beleza.
Lua que me faz sonhar!
Sonho que não confesso,
Não sei colocar em verso.
Depois vejo a cidade,
Com suas luzes a piscar.
Tantos, das luzes, os tons
Que, em estrelas a brilhar,
Parecem se transformar.
Vôo longe, vôo distante,
Da lua e da cidade,
Carregando dentro de mim
O travo amargo da saudade.
Saudade que sentirei
Do amor que trago comigo,
Que hoje me acompanha
E que logo sepultarei.

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