quarta-feira, 24 de março de 2010

CALMARIA

No poço profundo,
Água da fonte,
Plácida, parada...
Transparente,
Vê-se o fundo.
Olhos molhados,
Que trazem calma,
Calma que acalma,
Tal água no poço parada.
Olhos transparentes,
Deles, no fundo,
A centelha do amor.
Lago de água escura,
Inerte, não se mexe,
Reflete o brilho da lua.
Água no lago parada,
Calmaria que não alivia
O que se traz na alma.
Palavras que doem,
De resignação
E de falta de opção.
Nelas a calma
Do lago de água escura
Que não expõe o fundo,
Que guarda mistérios,
Presa não pode correr.
Transparência ou mistério,
Poço ou lago,
Calmaria de água parada
De quem não quer riscos,
Correr riscos e se expor
Para de novo viver.

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