quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

SAUDADES DE MIM

Quantas saudades!
De tudo que já fui,
De tudo que seria.
Chamo por mim não respondo
Só escuto o eco do silêncio,
Silêncio que dói nos meus ouvidos.
Nem o barulho dos bares,
Que ecoa na rua, é maior
Que o grito deste silêncio dentro de mim.
Chamo por ele, ele não responde.
Nem sei quem é ele, nunca o vi.
Nem que voz tem... será que tem voz?
Sequer com ele falei.
Ele talvez nem exista,
Nem nunca vá existir.
Quando chega, ele nem é ele (O AMOR),
É ela, a solidão que me atormenta,
Minha mais fiel companhia,
Vem até quando não quero,
Vem e faz moradia,
Toma todo o meu tempo,
Toma todo o meu espaço.
Deixa-me acéfala,
Nem pensar posso.
Sou só um corpo que caminha.
Confundo tudo. Confundo saudades com
Tristeza, angústia, melancolia... pena.
Pena de mim que vivo a mentir
Que sou o que não sou.
Então sinto saudades do que finjo que sou.

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