quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CHUVA QUE MOLHA A ALMA

Chove! a noite inteira choveu,
A água molha as ruas,
Deixando a cidade sombria.
Chuva com vento forte,
Que vem feito um intruso,
Batendo portas e janelas,
Congelando até a espinha.
Vento que traz as ondas,
Que quebram na praia,
Se fazendo ouvir ao longe.
Tudo isto é o céu,
Mostrando a inveja do amor,
Que faz chorar a mulher,
Que não soube se fazer amar.
O céu quer mostrar à todos,
O quanto é mais caudaloso
Que a mulher, frágil, a chorar.
O amor não vivido e interrompido,
Quando desejo há nos amantes,
Faz olhos debulharem-se em lágrimas
Ardentes que queimam o coração
Daqueles que o sentem.
Lágrimas são como as chuvas,
A água da chuva lava as ruas,
enquanto lágrimas lavam a alma e
deixam as amantes frágeis e nuas.
Nuas porque a todos se revelam,
demonstram o que padecem e,
Das promessas feitas, ate esquecem.

2 comentários:

  1. Bela temática, gosto quando se fundem natureza e o ser humano, num paralelismo inteligente. A autora conseguiu com exatidão explicitar as figuras criadas. Gostei,
    Joelcio Gama

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  2. Que legal! voce está conseguindo ler todos? obrigada por lê-los e pelos comentários, sei que vc também faz poemas, então importante o que me diz sobre o que escrevo.

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